Inteligência Artificial e o futuro do trabalho



Por Júlia Ramalho
Paixão por ajudar a transformar pessoas e organizações na sua melhor versão
vejo oportunidades diante as incertezas.

É certo que a tecnologia vem impactando todos os setores de nossas vidas e a tendência é que modifique ainda mais. Entre as inovações, a Inteligência Artificial (AI, na sigla em inglês) vem ganhando espaço e já é uma grande tendência para os próximos anos. Prova disso é que não só grandes empresas, como Google,  Apple e potencias mundiais, como China e EUA, vem investindo nisto. 

De acordo com pesquisa realizada pela International Data Corporation(IDC), a previsão é que em 2020 tenha um aumento nos gastos com AI de cerca de 600%. Ou seja, o investimento que em 2016 era de US$ 8 bilhões, passará para US$ 47 bilhões em quatro anos. 

O mercado é promissor. Vários segmentos serão beneficiados com o uso da AI, são empresas de agricultura, saúde, transporte, jurídico, atendimento ao cliente, e-commerce, financeiro, entre outras. Atentos a demanda, as startups estão se empenhando em desenvolver soluções em AI para contribuir com as mais diversas organizações. 

Segundo o Relatório Global de Ecossistema de Startup 2018, elaborado pela Startup Genome e pela Rede de Empreendedorismo Global (GEN), em 2017, o aporte financeiro nas startups chegou a US$ 140 bilhões. As startups que mais fecharam negócios nos últimos cinco anos foram as focadas em produção avançada, robótica, tecnologias para agricultura e alimentação, blockchain, Big Data e AI. Essa última, a AI, vem impulsionado o aumento de startups criadas, uma alta de 24% em dez anos. O PIB mundial poderá crescer até 14% por volta de 2030, de acordo com a consultoria PwC, devido ao uso de recursos de AI. 

Apesar do crescente avanço nessa área, desses números surpreendentes e de grandes empresas mundiais estarem ligadas a essa tendência, segundo o Gartner, somente 4% das organizações têm algum projeto que usa AI, 21% estão testando/planejando, e os outros 75% não têm nada em andamento. Talvez seja por isso o número crescente de startups trabalhando em projetos ligados em AI. 

Como você vem se aproximando desse ecossistema de Startups?

Semana passada estive no #EMERGEDAY e tive a oportunidade de ouvir sobre vários cientistas que estão transformando seus achados em negócios de startups. Estava lá Nivio Ziviani, professor emérito da UFMG, cientista empreendedor da computação e aprendizagem de máquina (AI) com reconhecimento internacional e fundador das empresas Akwan, Miner, Neemu e Kunumi. Esta última empresa vem desenvolvendo projetos na área de saúde para diagnósticos de Alzheimer, prognósticos de mortalidade em UTI projetos, dentre outros. O que impressiona é a capacidade da máquina lidar com dados de uma forma complexa vendo conexões onde os humanos não conseguem ver.  
Então, temos aqui duas oportunidades. Uma é a de conhecer melhor para investir nessas empresas que buscam capital, inclusive usando AI, e a outra é ser o parceiro de conhecimento na criação de soluções envolvendo AI. De toda forma, temos que entender o que de fato as máquinas são capazes de fazer e como podemos potencializar a nossa área. 

Qual sua disposição de tempo e motivação para aprender?


Quando falamos de AI, há falta de mão de obra qualificada sobre o assunto. Como já falamos aqui no blog, no futuro que está mais presente do que nunca, profissões desaparecerão e outras novas surgirão. Quem detém conhecimento e trabalha com a AI vem sendo valorizados no mercado. A ONG OpenAI gastou US$ 7 milhões em salários e benefícios e empregou 52 pessoas, apenas em 2016. Já sabemos que a tendência é o aumento de empresas buscando por soluções ligadas a AI. 
Dependendo da sua área, começar a programar também pode ser um caminho. 
Com um mercado que tem muito a crescer, a demanda por profissionais não desacelerará tão cedo. Há piadas na internet que contam que se você sabe programar em AI e não sabe fazer conta, está contratado de toda forma! Você já pensou em trabalhar desenvolvendo soluções em AI? Há sites como Coursera, Edx, Udemy, Udacity, dentre outros que oferecem cursos on-line. É hora de pensar como a AI pode ajudar na sua profissão e em sua empresa. 





Júlia Ramalho reside em Belo Horizonte (Brasil) e ajuda pessoas e organizações a revelarem o seu melhor, ao clarear propósitos, ver possibilidades diante das incertezas e manter foco nas ações necessárias. Faz isso há mais de 18 anos por meio de atendimentos em coachinge clínicos. Possui formação como psicóloga, coach e administradora, sendo também mestra nessa última área. Desde 2005 vem investigando as novas tecnologias e seus impactos sobre o trabalho e as futuras gerações. Como gestora, dirige a Estação do Saber [www.estacaodosaber.com] e foi presidente fundadora da International Coach Federation – ChapterMinas. Coordenou projetos de discussão sobre as novas tecnologias (ETC_BH -2009 a 2013) e de transformação da nossa cultura e sociedade (Estação Pátio Savassi – 2005 a 2013). Atualmente se dedica à construção de uma metodologia de orientação de carreiras através de conhecimentos de coachingdesign thinkinge análise de forças tecnológicas como inteligência artificial, internet das coisas e realidade virtual, dentre outras. Coordena e participa do grupo designers do futuro,que tem por objetivo promover discussões sobre o impacto dessas tecnologias em carreiras, gestão e sociedade

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