INTERNET DAS COISAS: VOCÊ JÁ TEM E NEM SABE



Jogadores de futebol trocam camisas depois do jogo e mostram que a internet das coisas é tema do presente. Mais e mais objetos se integram na rede de comunicação
Designers do Futuro

Percebo minha sobrinha pré-adolescente rindo de um vídeo na internet e pergunto a razão. "Os jogadores estão usando sutiã", diz. E me mostra um filme no smartphone. Após um jogo, os atletas se confraternizam amistosamente trocando as camisas. O que ela confunde com um sutiã, e parece mesmo, na verdade tem uma categoria: internet das coisas.

O acessório carregado pelos profissionais do futebol coloca no centro do jogo do mercado o fato de que a tecnologia que favorece a troca de dados e informações de máquinas para máqunas e entre máquinas e pessoas está muito mais presente do que imagina a vã filosofia do senso comum.

Na prática, mesmo atletas amadores já usam o poder da integração da internet das coisas quando saem para corridas com seus relógios ou pulseiras conectados à rede.Não chega a ser uma novidade, mas é um bom exemplo para entendermos o que está vindo pela frente.

Os dados dos atletas são monitorados permanentemente. Sensores controlam velocidade, distância percorrida, aceleração, desaceleração, posicionamento em campo e variações de desempenho, entre outros dados. Os sistemas informatizados analisam, processam, armazenam e exibem as informações de forma instantânea.

Um bom exemplo de que a Internet das Coisas já é força central de algumas das maiores transformações e criações de oportunidades para empresas e profissionais é o próprio smartphone que carregamos no bolso ou nas mãos. Você sai de casa e ele logo avisa como está o caminho até o seu trabalho. É isso. A coisa, celular, acompanha os seus passos.

No embalo das inovações, inúmeros setores tecnológicos se debruçam agora sobre a compreensão de seus impactos e da capacidade de geração de oportunidades. Interagimos com os vários equipamentos que nos rodeiam, desde a máquina industrial à nossa máquina de café de uma forma simples e eficiente.

A redução no custo dos sensores, comunicações melhores, mais onipresentes e mais baratas, combinadas com as tecnologias não só facilitam processos produtivos, mas também abrem um leque de novos produtos e serviços. As aplicações industriais, segundo uma pesquisa da consultoria McKinsey serão as que atrairão mais investimentos nos próximos anos. Seguidas pelas aplicações em cidade.

Semáforos podem ser acionados não por tempo, mas por tráfego real aumentando a mobilidade urbana e,,, caixas de lixo ‘inteligentes’, que avisam quando estão cheios, otimizando as rotas de recolhimento, são algumas das possibilidades do cenário futuro.

A Internet das Coisas pode ser utilizada de forma transversal, em todos os setores económicos, com claros benefícios para quem os utiliza. Desde a criação de sistemas tecnológicos que monitorizem a nossa saúde e bem-estar até à construção de infraestruturas que garantam melhores operações ou manutenção preditiva.

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