Por Júlia Ramalho
Transformadora
de pessoas e empresas na sua melhor versão
Vivemos um momento em que as
tecnologias estão promovendo mudanças exponenciais. Elas tornam o mundo mais
vulnerável, incerto, ambíguo e complexo. Nesse contexto, falamos cada vez mais em
habilidades que antes eram pouco exploradas: as soft skills.
Soft skills é uma dessas palavrinhas que você vai ouvir cada
vez mais quando o assunto for empregabilidade e trabalho. Ela não diz de
habilidades técnicas, mas comportamentais e sociais: são habilidades ligadas a
aspectos do seu desenvolvimento intelectual, como ser criativo, ser flexível
para aprender e mudar de ideias, saber lidar com erros, saber lidar com
conflitos, ser empático, se sentir parte de uma equipe, e por aí vai.
Até agora, o mundo do
trabalho se orientava muito pelas hard
skills, ou seja, habilidades técnicas puras. Era preciso conhecer muito
alguma coisa e se aprofundar no conhecimento técnico para ter um lugar ao sol no mundo do trabalho. Hoje,
há a necessidade de inovação das organizações (e do trabalho) frente às novas
tecnologias. Conhecer muito tecnicamente, mas sem que este conhecimento esteja
aliado à capacidade de inovar e arriscar, já não é suficiente nem para as
organizações nem para o futuro do seu trabalho.
Você agora deve estar se
perguntando: e como essas soft skills
podem ajudar a manter ou a criar um trabalho, no presente e no futuro? A
história do Eduardo pode te ajudar a responder a esta pergunta. Ele tem 45
anos, formou-se em administração e tem 18 anos de experiência no mercado,
trabalhando com planejamento de marketing. Além disso, aprofundou seus
conhecimentos através de uma pós-graduação nessa área. Ou seja, suas hard skills estão claras: ele entende de
planejamento de marketing!
Contudo, Eduardo não
percebeu que, com o surgimento das novas tecnologias, o comportamento das
pessoas foi mudando. E isso começou a prejudicar sua atuação profissional.
Atuando como gerente de equipe de 15 pessoas, a maior parte de jovens de vinte
e poucos anos, achava-os inquietos por não conseguirem focar apenas no
trabalho. Eles adoravam blogar, tuitar e postar no facebook!
As ideias que esses jovens
traziam voltavam-se para a divulgação ou mesmo a criação de novos produtos para
a internet. Eduardo achava isso tudo uma perda de tempo, e a cada dia sua
relação com a equipe ficava mais difícil.
O resto da história você já
pode imaginar. Eduardo trocou esses jovens por pessoas mais rígidas, que
pensavam como ele. Mas, com o passar do tempo, quem acabou sendo desligado da
empresa foi Eduardo.
Afinal, o que aconteceu?
Eduardo não desenvolveu
suas soft skills! Ele era um
excelente planejador de marketing, com boa formação e expertise técnica.
Contudo, não conseguiu perceber como as novas tecnologias alteravam o
comportamento dos clientes e das pessoas mais jovens que compunham sua equipe. Desse
modo, não conseguiu ouvir os clientes, não arriscou novas formas de divulgação
e novos produtos. Enfim, ele não foi capaz de acompanhar as mudanças que
estavam acontecendo em seu meio profissional.
Precisamos estar atentos
para não repetir os mesmos erros do Eduardo: as soft skills estão se tornando extremamente importantes. É hora de nos darmos conta das transformações
que já estão aí e de outras que estão
chegando a galope. Se ficarmos esperando ter todo o conhecimento pronto para
lidar com a nova realidade, vamos perder o trem da história. Cada vez mais, é
preciso que inovemos mesmo sem termos a melhor versão do que estamos inovando. É
preciso que saibamos agir sem ter o controle completo da situação.
Neste contexto, é fácil
entender por que “saber errar” é uma das principais soft skills solicitadas para que possamos dar conta das
transformações pelas quais o mundo vem passando. Comece a experimentar novas
formas de fazer as coisas, é hora de arriscar e permitir que o novo surja. Erre
e aprenda logo, e mude de novo, para que sua versão beta ++ lhe permita ir ainda
mais longe!
Afinal, estamos vivendo um
tempo em que o futuro já chegou!
E em breve voltaremos com
mais uma das habilidades para o futuro.
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