O que esperar de 2020?




O que esperar de 2020?

Julia Ramalho-Pinto
Paixão por ajudar a transformar pessoas e organizações na sua melhor versão,
vendo oportunidades diante as incertezas.


Nos últimos anos, tenho pesquisado muito sobre as novas tecnologias,  a sociedade digital e a transformação digital nas empresas. Tenho observado e ouvido como estamos aderindo às novas tecnologias e mudando nossos comportamentos e valores. Em 2019, descobri algo muito importante para lidar com isso tudo.

Compreendi que não devemos esperar nada de 2020,  mas devemos nos desenvolver para estarmos prontos para o que der e vier. Explico. Quando estamos esperando, nos armamos e ficamos em um estado de alerta que pode ser tanto otimista e positivo quanto pessimista e negativo. Mas nem uma nem outra dessas posições é boa para lidarmos com desafios, sejam eles do ano, da década ou da vida.

Estarmos prontos é resultado da nossa capacidade de prontidão, a qual está relacionada a um estado neutro, em que nos conectamos, vemos, ouvimos e respondemos às situações com maior assertividade. Ou seja, a prontidão é um estado em que somos capazes de agir com velocidade e precisão, não por sabermos tudo, mas por estarmos conectados, em sintonia e intuitivos. Quando estamos “prontos”, somos capazes de reconhecer como precisamos nos mover: como num golpe de caratê, somos ágeis e certeiros.

Ter prontidão, portanto, não significa estar completo, munido de todas as informações, de todo o conhecimento, de todos os recursos. Significa, antes, ser capaz de reconhecer seus valores, seus recursos, seu potencial, seu propósito e, assim,  se comprometer com ele. Significa seguir em frente, determinado a fazer o seu melhor, mesmo quando não se tem certeza e garantias do que seja o melhor. Será que você está pronto? Afinal, estamos diante de uma nova década.

2020 será o início de quê? Estamos descobrindo a cura de doenças, aumentando a expectativa de vida, agindo cada vez mais imersos no mundo on-line, gerando soluções para vários problemas da humanidade. Alguns afirmam que estamos vivendo um momento de cada vez mais abundância! Será? Ou isso é apenas otimismo? Outros afirmam que estamos vivendo cada vez mais desigualdade! Será? Ou isso é apenas pessimismo?

Embora não espere nada de 2020, desejo! E, como escreveu Drummond, desejo que você tenha muitos desejos! Temos um ano inteiro e uma nova década para desejarmos. Que tal desejarmos conexões que façam a diferença nas nossas vidas? Desejarmos organizações com propósitos e valores claros, com ética e visão sustentável? Novas formas de trabalho com mais propósito, mais possibilidade de aprendizagem, mais diversão? Paz nas nossas relações? Mais criatividade e inventividade para nossas vidas? Mais brincadeiras, risos e abraços? Se todos esses desejos fossem o norte de nossas ações para o próximo ano e a próxima década, como seria nossa vida?

Pois isso é o que desejo para todos nós! Desejo que você esteja pronto para 2020 e para a próxima década! Que você tenha clareza do que é importante para sua vida, e que seu desejo se torne uma visão clara e oriente todas as suas ações.   

Boas Festas e Feliz 2020!!!

Um abração,

Júlia Ramalho

 Júlia Ramalho reside em Belo Horizonte (Brasil) e ajuda pessoas e organizações a revelarem o seu melhor, ao clarear propósitos, ver possibilidades diante das incertezas e manter foco nas ações necessárias. Faz isso há mais de 18 anos por meio de atendimentos em coaching e clínicos. Possui formação como psicóloga, coach e administradora, sendo também mestra nessa última área. Desde 2005 vem investigando as novas tecnologias e seus impactos sobre o trabalho e as futuras gerações. Como gestora, dirige a Estação do Saber [www.estacaodosaber.com] e foi presidente fundadora da International Coach Federation – Chapter Minas. Coordenou projetos de discussão sobre as novas tecnologias (ETC_BH -2009 a 2013) e de transformação da nossa cultura e sociedade (Estação Pátio Savassi – 2005 a 2013). Atualmente se dedica à construção de uma metodologia de orientação de carreiras através de conhecimentos de coaching, design thinking e análise de forças tecnológicas como inteligência artificial, internet das coisas e realidade virtual, dentre outras. Coordena e participa do grupo designers do futuro, que tem por objetivo promover discussões sobre o impacto dessas tecnologias em carreiras, gestão e sociedade.



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